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Trabalhadores do HU da USP farão ato em defesa da saúde pública para denunciar calamidade

Publicado originalmente no portal do Sintusp A(o)s trabalhadora(e)s do HU decidiram, em assembleia, organizar um ato para denunciar a situação de calamidade pela qual passa o hospital: queda de energia, […]

Publicado em: 28/02/2023

Atualizado em:28/02/2023

Trabalhadores do HU da USP farão ato em defesa da saúde pública para denunciar calamidade

Publicado originalmente no portal do Sintusp A(o)s trabalhadora(e)s do HU decidiram, em assembleia, organizar um ato para denunciar a situação de calamidade pela qual passa o hospital: queda de energia, […]

Publicado em: 28/02/2023

Atualizado em:28/02/2023

Publicado originalmente no portal do Sintusp

A(o)s trabalhadora(e)s do HU decidiram, em assembleia, organizar um ato para denunciar a situação de calamidade pela qual passa o hospital: queda de energia, falta de água quente e enxurradas que jorram das luminárias e forros a cada chuva. O sistema elétrico entrou em colapso por falta de manutenção e o HU foi sustentado por gerador à diesel. O ar condicionado central que refrigera o Centro Cirúrgico deixou de funcionar e a temperatura na sala de cirurgia chegou próximo aos 30°C, levando ao cancelamento de cirurgias, e ao fechamento do atendimento no pronto socorro. As caldeiras responsáveis pelo aquecimento de água também tiveram problema por falta de manutenção e os pacientes ficaram sem comida e sem água quente para banho.

Em 2013, a reitoria cortou a verba destinada para a reforma estrutural do HU que previa a modernização de todo o sistema elétrico, caldeiras, hidráulica, além da expansão da capacidade física e adequação às normas de segurança que incluiria, dentre outros setores, o pronto socorro adulto e infantil e a UTI. Em 2014, tentou entregar o HU para a Secretaria Estadual de Saúde que, diante de uma forte greve da(o)s trabalhadora(e)s e estudantes da USP, foi obrigada a recusar. Em 2015, promoveu um programa de demissão voluntária que ocasionou a redução do número de funcionária(o)s de 1.759 trabalhadora(e)s para 1.456, chegando à 1.298, em 2020, segundo Anuário Estatístico da USP. Essa política que seguidas gestões da reitoria da USP vem tendo, reduziu drasticamente a capacidade de atendimento à população da Zona Oeste, bem como de estudantes e servidora(e)s da universidade, como demonstra tabela abaixo produzida pela Associação de Docentes da USP (Adusp). Dessa forma, o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), a Adusp, o Diretório Central do Estudantes da USP (DCE) denunciam que a reitoria está deliberadamente contribuindo com o desmonte do SUS, sistema tão fundamental como evidenciou a pandemia.

Além disso, em junho de 2022, o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior destinou R$ 217 milhões para reformas no Hospital das Clínicas de São Paulo e no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, ambos administrados por duas fundações de direito privado, a Fundação Faculdade de Medicina (FFM) e a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência do HCRP (FAEPA). No evento de doação, o então governador Rodrigo Garcia ressaltou a importância da universidade investir nos hospitais. Entretanto, internamente, a reitoria afirma que a USP não tem condições de financiar o HU que possui um orçamento total de cerca de R$ 301 milhões e é o único hospital da USP que ainda está sob administração direta. Com isso, cresce a suspeita de potencial conflito de interesses e soma-se à fatos como o atual reitor Carlotti Jr, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, ter sido membro do conselho curador da FAEPA e ter votado no Conselho Universitário a entrega do HRAC à SES que depois entregou à FAEPA a administração deste hospital. Outros ex-reitores, como Marco Antônio Zago e Suely Vilela, também foram membros de conselhos que administram a FAEPA.

Recentemente, a reitoria apresentou uma proposta de investir R$ 150 milhões anualmente para custear o atendimento médico de servidora(e)s docentes e não docentes da USP através de planos de saúde privados ao invés de investir essa verba pública no HU. O Sintusp questiona a decisão da reitoria de doar R$ 217 milhões para hospitais administrados por Fundações Privadas e não destinar nada para reformas urgentes que há anos são necessárias no HU, que é administrado diretamente pela USP. Assim como, questiona a não reposição do quadro de cerca de 600 funcionária(o)s do HU que poderiam se reverter em amplo atendimento à população.

Diante de tudo isso, Sintusp, Adusp, DCE, movimentos populares de saúde e de moradores como o Coletivo Butantã na Luta, assim como organizações estudantis, convocam um ato que se realizará nesta quarta-feira, 01/03, das 12h às 14h, em frente ao HU-USP.

Para mais informações:

Sintusp 3091-4380

Adusp 3091-4465

DCE – (15) 98139-0908 / [email protected]

Coletivo Butantã na Luta

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