A trajetória do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), integrante da Primavera Socialista, começou ainda no movimento estudantil, na década de 1960. Durante a ditadura empresarial-militar, Ivan dirigiu o Centro Acadêmico da Escola de Engenharia Mauá, ajudou a fundar o Comitê Brasileiro pela Anistia/SP, comandou o jornal “Companheiro”, integrou o Movimento de Emancipação do Proletariado (MEP) e, pelo combate que fez contra o regime, viveu na clandestinidade. Ele foi perseguido, preso, torturado e condenado pela ditadura.
Engenheiro e professor, Ivan se elegeu para um cargo público pela primeira vez em 1987, pelo partido que ajudou a fundar, o PT. Foi deputado estadual por São Paulo até 1994, quando se elegeu para a Câmara Federal, iniciando uma sequência de oito mandatos consecutivos. Em 2022 ficou como deputado federal suplente e assumiu o cargo com as nomeações de Marina Silva (Rede) e Sônia Guajajara (PSOL) para os ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas, respectivamente.
Em 2005, descontente com os rumos do primeiro governo Lula, Ivan Valente se juntou ao grupo de militantes que deixou o PT e passou a trabalhar para consolidar o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), sigla ao qual é filiado desde então. Ele chegou a presidir o Diretório Nacional do partido entre 2011 e 2013.
Sua atuação parlamentar é marcada pela defesa intransigente da democracia, da igualdade social, dos direitos humanos, do meio ambiente e da educação, tendo encabeçado, inclusive, a apresentação ao Congresso Nacional do Plano Nacional de Educação elaborado por educadores brasileiros em 1997. Ivan é autor de diversas iniciativas em defesa de uma escola pública de qualidade e dos direitos do povo trabalhador. Em 2020, o psolista foi o autor da lei que criou medidas de proteção social para entregadores de aplicativo durante a pandemia de Covid-19, aprovada no ano seguinte.
Em março de 2023, Ivan recebeu o pedido de desculpas oficial do Estado brasileiro pela tortura e violência das quais foi vítima durante a ditadura. A reparação aconteceu na 1ª Sessão da Comissão de Anistia, que foi recomposta este ano pelo ministério dos Direitos Humanos e Cidadania.