O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) reforçou seu compromisso com a vida e com o combate às mudanças climáticas com a Conferência da Amazônia, realizada entre os dias 19 e 21 de maio. Após três dias de trabalhos e debates, o partido produziu o documento “Amazonizar a política, cultivar a vida e combater as mudanças climáticas”.
Na síntese das propostas, foram apresentadas ações para o estabelecimento de um programa amazônico que combata o racismo ambiental, que trabalhe a garantia da existência humana no embate contra as mudanças climáticas e que os povos tenham seus direitos territoriais e humanos atendidos.
Isso se soma ao resgate da ancestralidade dos povos e territórios tradicionais, à valorização da diversidade e ao pensar os diferentes papéis dos sujeitos, em suas diferentes maneiras de ser e estar no mundo, como sujeitos individuais e coletivos. Deste modo, o PSOL deve ter como centro a busca de alternativas socioeconômicas concretas para combater a fome, a desigualdade social, a violência urbana, a concentração de renda e riqueza.
A luta por justiça socioambiental sem ilusões com as alternativas pautadas pelo sistema capitalista se dá na institucionalidade e nas ruas, juntos aos movimentos sociais. A transição necessária para o enfrentamento da soma de todas as crises – ecológica, sanitária, econômica e civilizatória – é baseada em alternativas sistêmicas; na luta pela eliminação dos sistemas de opressão de classe, gênero, raça e sexualidade que sustentam o capitalismo e pelo fim da naturalização da transformação de seres vivos e da natureza em mercadorias.
Portanto, o PSOL luta pela demarcação e defesa dos territórios, por reforma agrária, soberania alimentar, promoção e defesa dos direitos dos povos indígenas, comunidades quilombolas e povos tradicionais, e pela vida dos defensores e defensoras dos territórios amazônicos e seus povos. Do mesmo modo, o partido também se compromete com a luta por um novo modelo amazônico de cidades, que garanta o bem viver das populações.
De acordo com lideranças indígenas do PSOL, “o futuro é ancestral”. Isso significa, portanto, que a luta é pela adoção de mecanismos de reparação aos países mais pobres, que foram e são submetidos a saques e destruição historicamente, e que garanta os direitos dos povos, a soberania popular sobre os territórios, e a transição agroecológica.
Clique aqui para acessar o documento aprovado pela Conferência da Amazônia do PSOL.