Nesta terça-feira (14) completam-se cinco anos do assassinato da vereadora Marielle Franco, do PSOL, no Rio de Janeiro. Ela foi executada junto do seu motorista, Anderson Gomes, dentro do carro, enquanto voltavam de uma agenda pública, em 2018. Em março de 2019, o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio Queiroz foram presos acusados de terem sido autores dos dois homicídios. No entanto, até hoje não se sabe quem foram os mandantes do crime, nem o motivo pelo assassinato de Marielle.
A militância da ex-vereadora foi marcada pela defesa dos direitos humanos, do povo pobre e trabalhador, das mulheres negras e da comunidade LGBTQIA+. Desde que o trágico crime chocou o país, movimentos sociais, partidos de esquerda e lideranças políticas têm se manifestando cobrando respostas e justiça. Marielle tinha uma carreira política promissora e seu legado virou semente para que outras mulheres negras se levantassem pelos seus direitos.
A deputada estadual do Pará, Lívia Duarte (PSOL), afirmou em suas redes sociais, nesta terça-feira (14), que “Marielle foi e é uma das militantes mais brilhantes do Brasil”. De acordo com Lívia, Marielle vai além de lutas no parlamento ou na institucionalidade. “Mari abriu caminhos e encabeçou lutas que permitiram a garantia de direitos de milhares de mulheres, jovens, trabalhadores e trabalhadoras no Rio de Janeiro”, escreveu.
A co-vereadora do mandato Pretas por Salvador (PSOL), Laina Crisóstomo, levou a placa de Marielle para a sessão de hoje na Câmara da capital baiana e reforçou a necessidade de combater o fascismo, o bolsonarismo e a violência política de gênero. Um ato em frente à casa legislativa foi organizado para esta terça-feira.
A professora Rose Cipriano (PSOL), que é suplente de deputada estadual no Rio de Janeiro, publicou um vídeo em seu Instagram, lembrando que já são cinco anos sem uma resposta do Estado brasileiro sobre o crime. “Cinco anos de sofrimento para os familiares e para os amigos”, afirmou. “Nesta data, eu queria lembrar o poema que Marielle gostava muito, que diz: ‘Nós trazemos o dom dos nossos antepassados, trago o sonho do homem escravizado. Assim eu me levanto. Eu me levanto, eu me levanto'”. “Todos os dias vamos nos levantar para buscar justiça, por Marielle, por Anderson, para as crianças assassinadas no Brasil e no mundo. Seguimos firmes em sua memória e de todas as defensoras e defensores dos direitos humanos”, completou Rose.
A suplente de deputada estadual em São Paulo, Keit Lima (PSOL), afirmou que a ação do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) impediu uma investigação completa do crime. De acordo com ela, com a derrota de Bolsonaro “a esperança se renova e podemos avançar na busca pela verdade e justiça”. Keit diz que o 14 de março é uma data para ir às ruas “por justiça para Marielle e Anderson e em defesa do seu legado”. Ela aproveitou para divulgar o ato em memória à ex-vereadora, marcado para às 18h desta terça, na Praça Roosevelt, em São Paulo.