O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP), integrante da Primavera Socialista, afirmou, na tribuna da Câmara na terça-feira (28), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está para voltar ao Brasil, “deveria ser recepcionado com a prisão”. O parlamentar citou, como algumas das razões, o fato do ex-chefe do Executivo ser “defensor da tortura, da ditadura e do AI-5”.
Nesse contexto, Ivan falou sobre o seu processo na Comissão de Anistia, sobre os crimes ao qual foi vítima na ditadura militar. De acordo com ele, durante o governo Bolsonaro, a Comissão “se transformou em um tribunal de exceção, formado por adoradores de Brilhante Ustra, o maior assassino que já passou pelos DOI-CODIs da vida”. O parlamentar argumentou que nos últimos quatro anos, a Comissão de Anistia rejeitou 96% dos pedidos.
Ele celebrou o fato de que a Comissão voltará a ser formada “por pessoas que têm formação jurídica, que têm noção de memória, justiça e verdade, que precisa ser restaurada nesse Brasil.” O caso de Ivan Valente será um dos quatro que será julgado novamente logo na reabertura dos trabalhos.
“Depois da afronta que foi a bolsonarização da comissão de anistia, neste dia 30 começará a revisão das decisões tomadas por seguidores de Ustra, inclusive o julgamento sobre o caso do Ivan Valente, que foi preso e torturado pelo regime militar. Ditadura nunca mais!”, escreveu o parlamentar em publicação nas redes sociais.
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